quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Críticas Individuais



Dyellen Garcia: O livro "O Cortiço" retrata o começo de uma favela, tráfico, morte, sexo, vício e traição. A obra faz uma crítica social, denuncia preconceitos raciais, a exploração do homem pelo homem, traz influência sobre o naturalismo definindo a natureza como o destino dos personagens e condição dos valores sociais. A grande polêmica do livro é o homossexualismo, quando Pombinha e Leónie se envolvem. Na época quando o livro foi lançado houve um enorme espanto das pessoas por retratar algo tão explicito e hoje isso se tornou normal em nossa sociedade.


Gabriela Fabricante: A obra literária "O Cortiço" foi alvo de grandes polêmicas, e expôs a presença da inveja e ganância com o protagonista  João Romão; o homem com a conduta de um animal não conseguindo controlar seus desejos e instintos com o personagem Miranda, e expôs casos com o homossexualismo com o personagem Albino; a forte influência do hambiente sobre os personagens mudando as condutas morais com exemplo a Pombinha que era o xodó do cortiço e muito respeitável que acaba entrando no ramo da prostituição e Jerônimo, um homem honesto e trabalhador que é levado a cometer o adultério. Todos os personagens de Aluísio Azevedo são bastante marcantes e mostram a realidade e do que as pessoas são capazes de fazer para alcançar seus objetivos.

Géssica Abreu: Na obra O Cortiço, Aluísio de Azevedo nos mostra através do romance a má influencia do meio sobre o comportamento e os habitos do homem. Exemplo disso é o caso de Jerônimo, após cair nos braços da mulata, muda por completo seus hábitos de vida. Fica bem claro que o ser humano e capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer. No caso da história narrada, João faz tudo pelo dinheiro, passa por cima de tudo para adquirir o bem tão desejado. Capaz até de mandar prender sua amante Bertoleza que tanto o ajudou, so para poder se casar com a filha de Mirando e adquirir supostos bens do comerciante.

             O cortiço ficou conhecido não só como um romance naturalista, mas como uma alegoria do Brasil. Pois mostra práticas ocorrentes no Brasil do século XIX, onde o explorador vivia muito próximo ao explorado, o caso de João e os moradores do cortiço.
Além disso, também mostra a imensa desigualdade social que ainda e extensa no Brasil.

Lucas Brandão:Aluisio Azevedo trabalhou com o publico da classe pobre e troxe traços marcantes para os personagens, como a avareza e o oportunismo (João Romão), a sedução ( Rita Bahiana ), entre outros.
O livro inicio o Naturalismo no Brasil e discute problemas sociais , como o racismo, a falta de travas morais e o discaso com a população pobre. Foi muito criticado por conta do homossexualismo, que não era comum na época.

Thays Flores: Eu achei bem interessante. Ele nos mostra naturalmente como as pessoas são capazes de passar por cima dos outros para conseguirem o que querem. Na época que ele foi publicado, gerou muita polêmica porque o homossexualismo e o lesbianismo não eram explícitos como hoje em dia. Ele apresenta também muitas tragédias, traições, disputa para ver quem é melhor que o outro. O que não difere dos dias de hoje.

Vanessa Sousa: O cortiço foi uma obra marcante, pois foi o marco inicial para o Naturalismo no Brasil. O livro é muito interessante e envolvente. O autor trabalho muito com a classe pobre, com uma ambiente humilde. sujo e com muitas pessoas morando em um mesmo lugar. A ganância foi um ponto forte no livro, as pessoas sempre queriam mais dinheiro, passando por cima até de pessoas queridas para conseguir o que quer. Outro ponto polêmico foi o homossexualismo, que causou muitas críticas e discussões, por ser um dos primeiros livros brasileiros a quebrar o preconceito.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Síntese do Enredo

 João Romão, que era muito ganancioso, compra uma taverna e enriquece as custas de Bertoleza, uma negra com quem é amigado e vai construindo casas com sonho de montar um cortiço. O terreno ao lado é comprado pelo comerciante Miranda, que vai para Botafogo tentando fugir das especulações das traições de Dona Estela (sua mulher) e adquire grande rivalidade e inveja de João Romão, o qual sente o mesmo.
  O cortiço vai aumentando e vários personagens vão aparecendo como: Rita baiana, Jerônimo, Pombinha, Piedade, Albino, Machona, Florinda, Das Dores, Dona Izabel e entres outros que sofrem alterações morais com a influência do ambiente.
   João Romão que sempre foi miserável até consigo mesmo, muda de hábitos e passa a se vestir bem e querer se casar com Zulmira (filha de Estela). Bertoleza começa a se sentir angustiada e é traída por João Romão que tenta passá-la para o seu senhor e muito enfurecida ela se mata. 

Análise Literária

 Discriminação racial, miséria, falta de travas morais, sedução amolecedora do caráter exercida pelo ambiente, habitação coletiva, com seus moradores bestializados pela exaltação do sexo e a falta de perspectiva de melhoria em sua condições de vida, os problemas, os atritos, as confusões oriundas do sexo sujo e do dinheiro e a presença de uma série de  figurantes relacionados com uns ou com outros e, acima de tudo , com o ambiente são presenças fortes do naturalismo no livro "O Cortiço".

Tempo e Espaço

O contexto se passa no subúrbio do Rio de Janeiro, mais precisamente no bairro Botafogo. Como exemplo temos:
"Era isto justamente o que, tanto o Barão como o Botelho, morriam por que lhe dissessem. Sim, porque aquela boa casa que se estava fazendo, e os rios móveis encomendados, e mais as pratas e as porcelanas que haviam de vir, não seriam decerto para os beiços da negra velha! Conservá-la-ia com criada? Impossível! Todo Botafogo sabia que eles até aí fizeram vida comum."

A história se passa nos fins do século  XIX, que pode ser notado pela linguagem, pela pequena presença da escravidão e pelo aparecimento de cortiços e princípios da industrialização. Um dos trechos que podem exemplificar, seria o que se segue:
"- Está aqui com efeito... disse afinal o negociante. Pensei que fosse livre...
 - É minha escrava, afirmou o outro. Que entregar-ma?...
 - Mas imediatamente."

Foco Narrativo

Narrador Observador, como podemos notar no trecho a seguir: 
"Hoje quatro braças de terra, amanhã seis, depois mais outras, ia o vendeiro conquistado todo o terreno que se estendia pelos fundos da sua bodega; e, à proporção que o conquistava, reproduziam-se os quartos e o número de moradores."

Relação dos personagens principais e análise física e psicológica deles

João Romão: Miserável, ganancioso, baixo, cabelos à escovinha, barba sempre por fazer, avarento e oportunista, invejava Miranda, amigado com Bertoleza.

Bertoleza: Negra, escrava, trabalhadeira, batalhadora, amigado com João Romão.

Miranda: Comerciante, português, invejava João Romão, odiava sua mulher (Dona Estela), forte para desejar e fraco para resistir aos desejos.

Jerônimo: Português trabalhador, forte, alto, honesto, idade de trinta e cinco a quarenta anos, espadaúdo, barba ásperas, cabelos pretos e maltratados.

Rita Baiana: Mulata baiana, provocante, sensual, bonita, festeira, farto cabelo crespo e reluzente, respirava o asseio das mulheres brasileiras, irrequieta, quadril rijido, dentes claros e brilhante, amada por todos.

Piedade: Portuguesa dedicada ao marido, aproximadamente trinta anos, boa estatura, carne ampla e rija, cabelos fortes de um castanho amarelado, dentes pouco alvos, mas sólidos e perfeitos, cara cheia, fisionomia aberta, um todo de simplicidade toleirona, desabotoando-lhe pelos olhos e pela boca numa simpática expressão de honestidade simples e natural.

Firmo: Amande da Rita Baiana, mulato bonachão, delgado de corpo e ágil como um cabrito, burro de marca, pernóstico, só de maçadas e todo ele se quebrando nos seus movimentos de capoeira. Teria seus trinta e tantos anos, mas forte, não tinha músculos, tinha nervos, tinha um bigodinho crespo, petulante, grande cabeleira encaracolada, negra, dividida ao meio da cabeça, escondendo parte da testa e estufando em grande desalinho por debaixo da aba do chapeu de palha, que ele punha de banda, derreado sobre a orelha esquerda.

Pombinha: Pura, delicada, inteligente, íntegra, moça de família, bonita, nervosa, loura, muito pálida, abusada sexualmente mudas suas condutas morais e acaba se tornando prostituta, descrita como a flor do cortiço.